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Dos 513 deputados federais eleitos, apenas 11 são professores. O que isso significa?

Caneta Vermelha

Edição N.º 21 - Outubro de 2022

No dia 02 de outubro, além de termos ido às urnas para votar em primeiro turno e escolher a pessoa que vai ocupar a Presidência da República do Brasil nos próximos quatro anos, votamos também para os cargos de governador, senador, deputado federal e deputado estadual — e distrital, no caso do Distrito Federal. Vamos fazer uma breve análise dos resultados?



Ainda não sabemos quem será o presidente do Brasil em 2023. Além disso, em 12 estados, a escolha para o cargo de governador ficou para o segundo turno. Esse é o caso de Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. A partir de 2023, alguns nomes conhecidos ocuparão o cargo de senador por aí. Em compensação, algumas pessoas que já foram bastante ativas no Congresso não foram reeleitas em 2022.


A partir do ano que vem, a Câmara dos Deputados será reocupada por 513 deputados federais que foram escolhidos a dedo pela população. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas 11 desses 513 deputados declararam que são professores. E aqui levantamos um primeiro questionamento: com a presença de 11 pessoas (2,14%) que têm a vivência de sala de aula, você se sente representado na Câmara dos Deputados?

 

Perfil dos deputados eleitos

Se formos fazer apenas o recorte profissional, podemos dizer que a escolha de deputados eleitos foi, em certo grau, diversificada. A profissão mais informada por eles é a de político — 243 já se declaravam deputados, 14 já ocupavam o cargo de vereadores e três são senadores ainda em exercício.

Contudo, das demais profissões, a mais citada é a de advogado, com 44 deputados federais eleitos. Além disso, 42 são empresários, 29 são médicos, 14 se declaram como servidores públicos aposentados e 12 como engenheiros. Apesar de serem apenas 11, os professores são os próximos na lista das profissões mais citadas no cadastro feito pelos deputados federais eleitos no TSE. 

Outro dado importante para quem pensa na educação do nosso país é o grau de instrução dos nossos deputados eleitos. Enquanto 80% deles têm o ensino superior completo, apenas 1% não terminou o ensino fundamental. Números que contrastam com a realidade do nosso país, não é? Afinal, ainda segundo o TSE, dos mais de 142 milhões de eleitores que votaram este ano, apenas 5,6% possuem o nível superior completo. 

Enfim, com os dados em mãos, vamos ficar de olho. Devemos considerar esse balanço na hora de cobrar e avaliar o trabalho que a Câmara dos Deputados fará no sentido da educação na próxima legislatura. Ao final dela, poderemos refletir: será que vale a pena colocarmos mais professores para nos representar na casa? Será que aqueles que não terminaram o ensino fundamental de fato olharam e cuidaram daqueles que, fora do Congresso, também não terminaram os estudos?

Mais que isso: o quanto aqueles que não são professores trabalharam e pensaram em nós durante o mandato? Quais venderam que iriam priorizar a educação e como essas pessoas, de fato, atuaram? Tão importante quanto o momento do voto, o acompanhamento dos mandatos se faz mais que necessário. Aliás, você tem o costume de acompanhar os movimentos do Congresso e dos seus candidatos eleitos? Conte pra gente nos comentários!

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